Sobre os meus primogênitos…

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Tão ai na foto meus dois primogênitos. Um canino e uma humana.

Nenhum dos dois de fato saiu da minha barriga. Mas sempre senti como se fosse.

Primeiro veio a Nicolle, ou Bolota (ou Mocoronga, Chambrequinho, Bundinha de Pêra, ou qualquer apelido que o valha), há quase 9 anos. Eu já sentia que ela era meio minha, quando minha dinda me contou que estava grávida, e olha que eu fui a primeira a saber! Rá. E eu vi a Nicolle nascer, com aquela carinha de periquito, que logo depois foi pra UTI-neo. Depois vieram milhares de médicos, uma cirurgia no coração e mais umas chatices de saúde e eu estava lá todo-santo-dia-e-dia-não-santo-também. Vieram os primeiros passos, os primeiros passeios, os primeiros tudos, e eu tava lá. Até o dia que eu me casei e fui morar longe da Bolota. Dias – talvez meses – de sofrimento pra mim. Mas me acostumei, vi de longe ela ficar banguela, aprender a ler, aprender a escrever e até a ler o livro da Peppa pra mim no telefone. E mesmo não passando taaaanto tempo perto, sempre que estamos juntas é uma festa.

No Carnaval eu estava aqui em casa na minha meiaboquisse de enjoos bizarros e ela veio pra cá ficar comigo. Quanta deliciosidade. Ela já estava fazendo planos de se mudar aqui pra casa, e que ia dormir no quarto das crianças (que até então eram Alice e Sofia na cabeça dela) e o escambau, e que dor no coração que foi o dia dela ir embora chorando no carro… uiuiuiui… hajam hormônios pra poder suportar.

E agora passamos o feriado da Páscoa juntas. Muitos abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim. E comi os chocolates dela. E os meus. Eu culpo à gravidez, nem me importo. E fiquei com vontade de não voltar pra casa e estender a primeira-e-ultima-viagem da gravidez só viajei porque foi uma obstetra comigo para todo o sempre. Ali aquela mãozinha gorduchinha fazendo cócegas na minha pança enquanto Pedro e Alice se remexiam dentro dela, e a Nicolle, obviamente, achando aquilo tudo a coisa mais estranha do mundo, foi o mais perto do sublime da gravidez que eu já consegui sentir até então essas 20 semanas que se completam amanhã.

O canino é o Fred, oi Frederico, ou Fredico, ou Bebezinho, ou Cabeça de Agulha, mas nunca, nunca Baleia (coisa que seus pais levemente dementes tentaram fazer depois de quase 4 anos sendo chamado de Fred). Enfim, o cachorro mais burro da face da Terra. Não me venham com esse papo de que cachorro só é levado, blá blá blá, whiskas sachê… O Fred é burro mesmo, daqueles que não aprende nada e não consegue achar um brinquedo se a gente esconder atrás da gente no sofá. Mas mesmo com essa burrice toda ele é um cachorro fofo, fofo no sentido de fofurice, não de gordice, por favor. Daqueles que olha pra gente com cara de que tá te amando. É o rei de deitar com a cabeça na minha pança e achar aquele monte de remeximentos o lugar mais confortável do mundo pra descansar a cabeça. Não late, não fede, mas solta pelo pra caramba. Blah. Whatever. Eu soltava cabelo também e nem por isso ele deixou de gostar de mim.

Essas duas coisas deliciosas (e que se adoram diga-se de passagem) estão meio ressabiados com a chegada dos lêmures, mas estão se acostumando aos poucos. E acho que depois que eles nascerem e crescerem um pouquinho e perderem um pouco da cara de Benjamin Button não me venha com esse papo que viu um bebe que nasceu lindo, todo mundo é horroroso, eles vão levar as crianças mais na boa.

E enquanto as outras 20 semanas não passam eu vou ficando com sonecas na barriga e carinhos de mãozinha sem osso! Delicinha!!!!

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